segunda-feira, 16 de julho de 2012
O Fundamento da Beleza
*inspirado por Vovo Florentino de Agodô por Douglas Elias (http://douglas-elias.blogspot.com)
Num recanto sublime da Esfera Espiritual próxima ao planeta Terra, alaridos se formaram na reunião dos poetas mortos que ali insistiam em ficar, por alguma razão e assim puderam.
A assembleia costumeira servia para reflexões e aprimoramentos individual e coletivo dos seus dons, em suas artes de expressarem as belezas do universo Divino e da Vida.
Questionava assim, nesta reunião, a afirmativa feita por um dos poetas contemporâneo que resumiu ser a beleza fundamental :
-“Não!...”, dizia Casmurro ,“... beleza é a infinitude da realeza matriarca no covil do tempo gerando mais vidas”
Aplaudiam os soberbos naquele debate Cortez na versão espiritual da Academia das Letras que mediante nova declaração, com o silencio contido abruptamente, Clarice recitava :
-“Beleza é Amor que se conquista na intenção da paixão exibindo verdades nas suas conjugações”
“Sim!” ,concordavam em uníssono mas não a maioria pois alguns resguardavam ainda preconceitos em relação às mulheres dos costumes das sociedades nos séculos em que viveram como humanos .
Interrompendo num estalar de dedos , Machado objetava :
-“A beleza é como certas coisas para certas pessoas que são as coisas certas para que acertem na certeza de fazerem os outros felizes”.
Mais aplausos.
-“A beleza é a ausência das trevas da ignorância à vida” melindrava Casimiro.
Tranquilo, Amado contemporizava que :
-“A Beleza se define no gingado das moças morenas e em seus olhares refletindo o mar e as terras da Bahia , provocando a eterna poesia dos atos na alegria de querer te-la”
Outro , que de Seixas falava como cantando o que se seguia :
-“Beleza é a ausencia da tessitura paramétrica nas estrepolias das almas revolucionárias à podridão das pesadas rédeas”
Mais aplausos.
-“Mas é também a beleza, o orvalhar nos pintassilgos nascidouros nas terras Brasilis do contemporâneo sabiá “ declamava Camões .
-“Ora que é certo que a beleza é muito mais que todos dizem pois a beleza é a leveza pacifica da alma, na vivencia da calma, interrompendo a bala do canhão e o silvo das espadas na comunhão das erraticidades das guerras”, objetivava Castro.
-“Se é belo, porém, a beleza nasce dos olhos de quem a tem” Bandeira falava .
Formidáveis e tão maravilhosos todos aqueles enredos também recitados por outros brasileiros poetas, que parecia não ter mais fim .
Foi quando, do planeta Terra um portal se abriu e um médium desdobrado da matéria resolveu deixar quem estava com ele expressar :
-“A beleza existe. E como tudo o que há no Universo tem o seu fundamento que é para que todos entendam , compreendam, apreciem, expressem-se e realizem.
Pois a beleza é Divina, que na trilha do homem se faz expressar, em qualquer dos outros que em si exerce o direito de amar.
Isso é beleza.
O que não consegue vê-la no que é, fora de si, não a irá encontrar.
Mas isso é a busca, afinal, se o fundamento existe, é para quem esta perdido dela,poder se encontrar.
Assim, em tudo e em todos, para se ser feliz, a beleza continua a ser fundamental : há sempre um porquê –fundamento- em tudo e em todos, nas coisas, animais, nas pessoas e acontecimentos... todos são belos pois a beleza é a energia do amor a sempre se transformar .
Enganam-se quem pensa que a beleza é limitada, pois na velocidade da vida, tem a liberdade para discernirem para que em suas almas, encontrem a realidade da beleza em tudo e desfaçam-se da ilusão “
No silencio das reflexões daqueles poetas, as luzes do Universo maestravam do Poeta Maior convocando-os a olhar para as estrelas e todos, sem excessão, conjugavam nas óticas dos dons que conquistaram, outras formas de exprimir a beleza de Tudo pois que é Divina.
O velho poeta do fundamento da beleza, retornava com seu médium à materia e entre a apreciação do bom aperitivo considerado necessário por este para relaxar seu racional,contemplava o mar, as montanhas e o luar. As estrepolias dos homens degradando a natureza, os comezinhos negativos da coletividade burguesa e das favelas, nas futricas de quem cego esta para a beleza realizar noutros parametros e assim, preparava outro poema , pois sabia e via que até nos atos das humanas impurezas, havia beleza a agitar e provocar os homens até em seus erros pois assim, no sofrimento, aprendiam que deveriam daquela beleza da tristeza, fazêla se renovar.
*inspirado por Vovô Florentino de Agodô por Douglas Elias
(http://douglas-elias.blogspot.com)
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